Tendo a Estrada Nacional 103 como referência (e fazendo alguns desvios), fui durante 4 dias, descobrir o Norte do País através dos Municípios de Bragança, Vinhais, Boticas, Montalegre, Ponte da Barca, Arcos de Valdevez e Ponte de Lima.
A Estrada Nacional 103 – EN103
A Estrada Nacional 103 tem o seu inicio em Viana do Castelo, atravessa o Minho, entra em Trás-os-Montes e termina em Bragança.
Existem estradas icónicas tanto em Portugal como no estrangeiro. Quem nunca ouviu falar da famosa Route 66 nos EUA ou da bem portuguesa Estrada Nacional 2 (EN2)? Agora o desafio lançado pelo Turismo do Porto e Norte foi levar 10 Bloggers de viagem a viajarem pela EN103, conhecerem os Municípios pelos quais passa e colocar esta estrada nos roteiros turísticos.
Eu aceitei o desafio e é esse roteiro de 4 dias que vos deixo aqui.
Roteiro de 4 Dias no Norte de Portugal – De Bragança a Ponte de Lima
Dia 1 – Bragança e Vinhais
Aldeia de Rio de Onor (Bragança)
Começamos a nossa viagem na Aldeia Comunitária de Rio de Onor. Em 2017 esta aldeia foi eleita uma das 7 maravilhas de Portugal. Ouvimos as histórias do antigamente com o Ti Mariano (antigo presidente da Junta de Freguesia), e que nos conta como funcionava a Vara da justiça e a gestão comunitária da aldeia. Esta era uma verdadeira aldeia comunitária, onde os moradores partilhavam terrenos agrícolas, o moinho comunitário e fornos. E era no conselho da aldeia que se discutiam e resolviam os problemas da aldeia. Era na Vara da justiça que ficavam registadas as infrações de quem não cumpria as regras. As multas eram pagas em vinho.
Comemos e bebemos num piquenique à beira do Rio Onor. E estivemos na fronteira onde a aldeia passa a ser espanhola, e com o nome de Rihonor de Castilla. Oficialmente são duas aldeias, mas na prática é como de uma aldeia só se tratasse. Do lado português fica na área protegida do Parque Natural de Montesinho. Aqui encontramos a verdadeira essência transmontana.
Centro Histórico de Bragança
Seguimos para o Centro Histórico de Bragança. Passeámos pela cidade e não deixámos de visitar o Castelo de Bragança, a Torre de Menagem, e o Museu Ibérico da Máscara e do Traje. Onde encontramos os famosos Caretos.
Vinhais
Chegamos ao Parque Biológico de Vinhais, onde vamos pernoitar. Fazemos o check-in e vamos jantar no Restaurante Comercial.
O Parque Biológico de Vinhais está situado em pleno Parque Natural de Montesinho. Está incluído no perímetro florestal da Serra da Coroa, e fica a cerca de 3 kms do centro da Vila de Vinhais, em Bragança. Como grandes objetivos do Parque podemos destacar a interpretação da paisagem da região, a conservação da natureza e promoção da biodiversidade, e o desenvolvimento do ecoturismo. Existem várias atividades disponíveis, como percursos pedestres, passeios de bicicleta e de burro, entre outras. O Parque conta com vários tipos de alojamento, possui Parque de Campismo e Parque para Caravanas, Bungalows com capacidade para 4 a 8 pessoas e Pod’s com capacidade para 2 pessoas. Tem excelentes infra-estruturas, e cumpre todas as regras atualmente exigidas. A piscina biológica está atualmente encerrada devido à Pandemia (Covid-19). Para visitar o Parque não é obrigatório ficar alojado no Parque, e as visitas podem ser feitas com ou sem guia.
Eu fiquei alojada num Bungalow e de manhã fui buscar o meu pequeno- almoço à receção, que devido às restrições impostas pela Pandemia, é servida numa “lunch box” (uma lancheira para trazermos para o bungalow ou se preferirem podem tomar o pequeno almoço na relva à beira da piscina, com a devida distância de segurança).
Dia 2 – Boticas e Montalegre
Boticas
Começamos a descoberta de Boticas pelo Centro de Artes Nadir Afonso, onde ficamos a conhecer a obra do Pintor e arquiteto Nadir Afonso, natural de Chaves e falecido em 2013.
Depois do almoço no Hotel Rio Beça, onde experimentamos a famosa carne Barrosã, foi altura de partirmos à descoberta do fantástico Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade.
O Boticas Parque – Natureza e Biodiversidade, situa-se no concelho de Boticas e abrange as freguesias de Vilar, Condessoso e Beça. O acesso faz-se pela Estrada regional 311, e o parque é atravessado pelo Rio Beça. No parque é possível fazer várias atividades, entre elas caminhadas através de trilhos e passadiços e a pesca desportiva de trutas. É também possível ficar alojado dentro do parque. O parque tem uma produção de ervas aromáticas, que pudemos experimentar através de infusões. O parque conta ainda com vários animais.
Montalegre
Seguimos viagem para Montalegre e chegamos à Aldeia de Vilarinho de Negrões. Onde fizemos um passeio de barco até à outra margem do Rio Rabagão. E aqui apanhámos uma valente molha, com o vento e as ondas. A reportagem em vídeo desta aventura estará brevemente disponível no meu canal de Youtube. Aqui conseguimos ver os limites do Parque Natural da Peneda Gerês (PNPG). Passamos pela Aldeia de Ponteira ao pôr do sol e vimos a aldeia de Pitões das Júnias.
Seguimos para Venda Nova, onde vamos jantar no Restaurante Assador Barrosão, e dormir no Hotel São Cristóvão, onde infelizmente não tivemos tempo para desfrutar da enorme piscina que faz parte do hotel. No jantar ficámos a conhecer o evento “Sexta-Feira 13 de Montalegre”. Esta é uma festa pagã que ocorre a cada sexta feira 13.
Dia 3 – Ponte da Barca, Soajo, Arcos de Valdevez
Começamos o dia em Venda Nova, com paragem obrigatória no Km 103 da EN103 para a tão esperada foto. Continuamos a contornar o Parque Natural da Peneda Gerês (PNPG), E aqui fazemos um desvio da EN103 para conhecer alguns Municípios que fazem parte do PNPG e que já pertencem ao Alto Minho. É possível entrar no PNPG através de 5 Portas – Montalegre (Porta de Montalegre), Terras de Bouro (Porta de Campo de Gerês), Melgaço (Porta de Lamas de Mouro), Ponte da Barca (Porta do Lindoso) e Arcos de Valdevez (Porta do Mezio). Seguimos então viagem em direção a Ponte da Barca.
Ponte da Barca
É hora de aproveitar as atividades de SUP (Stand-Up Paddle) e Kayak no Rio Lima, com a empresa AktivaNatura, perto do Escape Camping e Glamping. O almoço foi no Restaurante “Vai à Fava”.
Arcos de Valdevez
Chegamos a Arcos de Valdevez, onde Portugal se fez! Esta foi uma das frases que mais ouvimos em Arcos de Valdevez. É um slogan criado para promover Arcos de Valdevez e que se inspirou na história da fundação da nacionalidade, e que tem como base histórica o “Torneio de Arcos de Valdevez”, também conhecido como “Reencontro de Valdevez”.
Entramos no Parque Natural da Peneda Gerês (PNPG) pela Porta do Mezio. Aqui têm várias atividades à vossa disposição, e um pouco para todos os gostos. É possível fazer Arborismo, Slide e vários percursos pedestres. No final das atividades tínhamos à nossa espera um fabuloso lanche com doces típicos regionais e vinho da região. Provei os famosos charutos (uma das 7 Maravilhas doces de Portugal) e os rebuçados de Arcos de Valdevez.
Soajo
Há muito tempo que tinha muita vontade, e uma grande curiosidade em visitar os Espigueiros do Soajo, e posso dizer que não me desiludiu. Aqui temos 24 Espigueiros da Eira Comunitária do Soajo. os Espigueiros serviam para armazenar o milho, que ali ficava a secar. A altura permitia proteger o milho dos roedores e a cruz no alto dos espigueiros conferia proteção divina ao seu conteúdo. Já conheciam os espigueiros, e sabiam qual a sua finalidade?
O jantar foi no restaurante “Saber ao Borralho” e o alojamento no Hotel Ribeira Collection (onde passei uma das melhores noites de sono de toda a viagem).
Depois do jantar voltámos à Porta do Mezio (PNPG) para um Tour para observação de estrelas da empresa Borealis. O tour com o Hugo foi fantástico, e apesar do frio que se fazia sentir, conseguiu captar a minha atenção durante todo o tour. A observação é feita sem luz artificial, entre estrelas e constelações. Uma experiência fantástica e que recomendo. Agora já sei distinguir a Ursa Maior e a Ursa Menor.
Dia 4 – Ponte de Lima
Chegamos à última paragem da nossa viagem. Começamos com uma visita a pé pela cidade num tour organizado com um guia. E ficamos a saber mais sobre as lendas e património da cidade. De seguida fazemos a subida do Rio Lima numa réplica de um barco água-Arriba. Um barco tradicional, usado para transportar pessoas e bens. O almoço foi no Restaurante Monte da Madalena, com uma vista fantástica sobre a cidade.
Seguimos para uma visita ao Paço de Calheiros, onde somos recebidos pelo Conde de Calheiros. Que nos fez a visita guiada pela propriedade da família. E onde é possível ficar alojado, e imaginem….dormir na cama onde dormiu a princesa Carlota Joaquina. Agora como é que a cama chegou até ali é que ninguém faz ideia…
A Viagem terminou no Clube náutico de Ponte de Lima com o atleta olímpico Fernando Pimenta.
Não conhecia a Estrada Nacional 103, nem fazia ideia de tudo o que tem para oferecer em termos de turismo. E vocês já conheciam estes Municípios e a EN103? Eu fiquei com muita vontade de voltar, para explorar mais do norte de Portugal.
Agradecimentos
Turismo do Porto e Norte
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